Ajude seu filho a expressar suas emoções e superar desafios! A infância é a fase mais importante da vida do ser humano, segundo especialistas do desenvolvimento infantil. Por isso tudo que for vivenciado, experimentado e estimulado nesse momento produzira efeitos por toda a vida.
Reconhecer que uma criança está em sofrimento emocional nem sempre é uma tarefa fácil, até mesmo para as pessoas mais próximas, pais e cuidadores. Desta maneira para identificarmos os sinais de alerta que podem indicar sofrimento emocional na criança, precisamos saber diferenciar comportamentos naturais em determinadas fases do desenvolvimento dos comportamentos extremos e incomuns nessas fases.
A psicoterapia infantil ajuda a criança a expressar as suas emoções e sentimentos por meio de atividades lúdicas, seja através de brincadeiras, jogos ou desenhos. Assim como ajuda os pais a compreenderem as necessidades emocionais dos seus filhos.
Se você identifica sinais ou mudanças comportamentais que lhe preocupam em uma criança, não deixe de realizar uma avaliação com os nossos psicólogos.
Atrás de cada criança que acredita em si mesmo, está uma família que acreditou primeiro. – Mathew L. Jacobson
O luto não é algo exclusivo da fase de vida adulta. Crianças e adolescentes também sofrem frente a perdas importantes, mas muitas vezes demonstram sua dor de forma diferente dos adultos. A dúvida mais comum dos adultos é como lidar com crianças e adolescentes frente a morte de alguém.
A compreensão sobre a morte e as perdas está associada a idade. Por isso, abaixo apresentamos uma tabela indicando como é a compreensão da morte em cada etapa da infância e adolescência. Você também vai encontrar algumas dicas de como os adultos responsáveis podem abordar o assunto.
Até os 3 anos - A criança percebe a morte apenas como ausência e falta – e pensa que ela pode ser revertida.
Entre 3 e 5 anos - A criança fantasia mais sobre o tema e pode acreditar que pensamentos e palavras têm o poder de provocar ou evitar a morte. Assim é comum que ela se sinta culpada caso venha falecer alguém com quem ela tenha brigado ou a quem tenha desejado mal em algum momento.
Entre 5 e 9 anos - A criança começa a compreender melhor que a morte não é algo reversível e que pode acontecer com todos. Porém pode ter dificuldades em expressar seus sentimentos e começar a questionar as crenças da família sobre o assunto.
Entre 9 e 10 anos - Compreende melhor a morte como algo irreversível e tem menos ideias fantasiosas sobre o assunto. Já entende melhor que na morte o corpo parou de funcionar.
Entre 11 e 18 anos - Já compreende com clareza que a pessoa que morreu não irá retornar. Apesar de entender melhor, pode não pensar como algo possível de acontecer com alguém próximo ou com eles mesmos.
• Seja claro e breve na comunicação, informando apenas o necessário. Você não precisa contar detalhes sobre a morte ou a perda, fale somente o necessário para a compreensão da criança.
• Evite uso de metáforas, como a da “estrelinha” ou expressões como “ele partiu para o céu”, pois podem deixar a criança confusa.
• Faça a comunicação com tempo disponível e permita que a criança ou o adolescente faça perguntas e fale sobre o assunto se assim desejar. As perguntas podem ser repetitivas, portanto, tente se manter calmo e repetir a sua resposta quantas vezes for necessário.
• Diga para a criança ou ao adolescente que eles não são culpados pelo que aconteceu.
• Fique à disposição para conversar sobre o assunto.
• Os adultos servem de espelho para a expressão das emoções da criança. Não se preocupe se você chorar na frente dela. Diga o que está sentindo e o que causou o seu choro. Isso pode ajudar a criança a demonstrar seus sentimentos.
• Indiferença em relação à morte;
• Sentimento de culpa;
• Medo excessivo de ficarem sozinhas;
• Alterações do sono, apetite, inibição psicomotora;
• Alterações de humor, irritabilidade e agressividade;
• Apresentar comportamentos de regressão (como voltar a fazer xixi na cama);
• Isolamento social;
Com a separação conjugal, um ciclo familiar se rompe na vida da criança envolvida, que passa a ressignificar o lugar dos papéis parentais, que a partir de então sofrerão mudanças ambientais e psicológicas. Com isso, é importante haver um esclarecimento entre ambas as partes (pais e filhos) no que diz respeito à separação.
É necessário compreender que não é a separação em si a causadora de efeitos negativos, mas a forma como está é realizada. Os pais devem estar conscientes de que o que acaba é a relação marido-mulher, mas que eles permanecerão unidos devido às funções de pai e mãe. Por isso mesmo, devem se esforçar ao máximo para manter um vínculo amigável no intuito de não fazer de suas próprias vidas um pesadelo.
Quando os pais conseguem manter uma boa comunicação entre eles e com os filhos, mantendo-se vínculos afetivos, transmitindo amor, carinho e segurança, este processo torna-se menos doloroso e menos traumático. A segurança da criança é a família, a qual orienta e encaminha, se essa está com conflitos e não consegue assessorá-los, sendo continente destas angústias, elas podem se sentir ainda mais confusas.
Considera-se o papel de ambos, pai e mãe extremamente importantes e decisórios ao modo de como o filho irá lidar com a situação do processo de separação. São eles quem podem possibilitar abertura e segurança para que os filhos possam expor seus sentimentos oportunizando melhor elaboração desta vivência ou, ao oposto, torná-lo vítima da disputa entre eles. Ou seja, toda situação de separação conjugal deveria ser tratada de forma clara e segura de ambas as partes para com os filhos, caso contrário ele passa a entender que os pais estão anulando não somente os acordos entre si, mas o amor que tem por ele.
• Sentimento de medo do abandono;
• Sentimento de rejeição;
• Sentimento de culpa;
• Alterações emocionais, tais como agressividade, raiva, tristeza;
• Sentimento de vergonha;
• Comportamentos regredidos;
• Alterações do sono;
• Aumento da Ansiedade;
• Alterações nos hábitos alimentares;
• Baixa autoestima;
O Transtorno do Espectro Autista (TEA) é um transtorno neurológico que afeta o desenvolvimento do cérebro e influencia a forma como uma pessoa percebe e interage com o mundo. Ele é caracterizado por dificuldades na comunicação e na interação social, além de padrões de comportamento, interesses e atividades restritos e repetitivos.
Sinais
Os sinais do Transtorno do Espectro Autista (TEA) podem variar, mas alguns sinais comuns incluem:
1. Dificuldades na Comunicação: Pode haver atrasos na fala, dificuldades em manter uma conversa ou problemas em compreender e usar a linguagem não verbal (como gestos e expressões faciais).
2. Dificuldades na Interação Social: A pessoa pode ter dificuldade em entender normas sociais, interpretar emoções dos outros ou formar relacionamentos.
3. Comportamentos Repetitivos: Incluem movimentos corporais repetitivos (como balançar as mãos), uso ritualístico de objetos ou insistência em seguir rotinas especificas.
4. Interesses Restritos: A pessoa pode ter interesse muito intensos e focados em tópicos ou atividades especificas, muitas vezes de maneira incomum.
5. Resistência a Mudanças: Pode haver dificuldades em lidar com mudanças na rotina ou no ambiente.
6. Reações Sensoriais Incomuns: Reações extremas e estímulos sensoriais, como sons, luzes ou texturas, que podem ser tanto hipersensibilidade quanto hiposensibilidade.
É importante notar que esses sinais podem variar em intensidade e não indicam necessariamente um diagnóstico de TEA. Se houver preocupações sobre o desenvolvimento de uma criança, é fundamental buscar uma avaliação profissional.
Diagnóstico
O diagnóstico do Transtorno do Espectro Autista (TEA) é realizado por profissionais especializados, como psicólogos, psiquiatras ou neurologistas, e geralmente envolve uma avaliação detalhada que inclui:
1. Entrevistas e Histórico Clínico: O profissional coleta informações sobre o desenvolvimento, comportamento e histórico médico da pessoa, além de conversar com familiares para entender melhor os sintomas.
2. Observação Comportamental: O profissional observa o comportamento da pessoa em diferentes situações para identificar padrões típicos do TEA, como dificuldades na comunicação e interação social, e comportamentos repetitivos.
3. Avaliação do Desenvolvimento: São realizados testes para avaliar habilidades cognitivas, de comunicação e sociais, além de identificar quaisquer dificuldades específicas.
4. Escalas e Questionários: Utilizam-se ferramentas padronizadas, como escalas de avaliação e questionários, para ajudar a identificar sintomas e medir sua gravidade.
5. Exclusão de Outras Condições: O diagnóstico de TEA envolve a exclusão de outras condições que podem apresentar sintomas semelhantes, como transtornos de linguagem ou distúrbios do desenvolvimento.
O diagnóstico precoce é importante para iniciar o tratamento e suporte adequados o mais cedo possível.
Abordagens Terapêuticas
As abordagens terapêuticas para o Transtorno do Espectro Autista (TEA) visam melhorar a qualidade de vida da pessoa, desenvolver habilidades e minimizar os desafios associados ao transtorno. Entre as principais abordagens estão:
1. Terapia Comportamental:
- Análise Comportamental Aplicada (ABA): Utiliza princípios de reforço positivo para ensinar novas habilidades e reduzir comportamentos problemáticos.
- Intervenção Comportamental Intensiva: Programas estruturados que trabalham intensamente para melhorar a comunicação, habilidades sociais e comportamento.
2. Terapia de Comunicação:
- Terapia Fonoaudiológica: Foca no desenvolvimento da fala e linguagem, e pode incluir o uso de dispositivos de comunicação alternativa, se necessário.
3. Terapia Ocupacional:
- Trabalha para melhorar habilidades de vida diária, coordenação motora e integração sensorial, ajudando a pessoa a se adaptar melhor ao ambiente.
4. Terapia Psicossocial:
- Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC): Pode ser usada para ajudar a pessoa a lidar com ansiedade e problemas comportamentais associados ao TEA.
5. Educação Especializada:
- Programas educacionais adaptados que atendem às necessidades específicas da pessoa com TEA, promovendo o desenvolvimento acadêmico e social.
6. Terapia de Integração Sensorial:
- Ajuda a pessoa a processar e responder adequadamente a estímulos sensoriais, reduzindo a hiper ou hiposensibilidade.
7. Treinamento de Habilidades Sociais:
- Ensina habilidades de interação social e comunicação em contextos sociais, ajudando a melhorar a capacidade de formar e manter relacionamentos.
Cada pessoa com TEA é única, e a combinação de terapias e intervenções é adaptada às necessidades individuais. O envolvimento da família e a colaboração com uma equipe multidisciplinar são fundamentais para o sucesso das abordagens terapêuticas.
Papel da Família
A família desempenha um papel crucial no tratamento do Transtorno do Espectro Autista (TEA). Aqui estão alguns aspectos importantes:
1. Suporte Emocional: A família oferece apoio emocional e encorajamento, o que pode ajudar a melhorar a autoestima e a motivação da pessoa com TEA.
2. Participação Ativa: Participar ativamente das sessões de terapia e seguir as recomendações dos profissionais pode ajudar a reforçar as habilidades e estratégias aprendidas durante o tratamento.
3. Ambiente Estruturado: Criar um ambiente estruturado e previsível em casa pode ajudar a pessoa com TEA a se sentir mais segura e a lidar melhor com a rotina.
4. Educação e Consciência: Educar-se sobre o TEA e suas características permite à família entender melhor as necessidades e desafios da pessoa com TEA, promovendo uma abordagem mais empática e eficaz.
5. Advocacia e Coordenação: A família pode atuar como defensora dos direitos da pessoa com TEA, coordenando cuidados e acessos a recursos e serviços apropriados.
6. Promoção da Inclusão: Incentivar a participação em atividades sociais e escolares, conforme apropriado, pode ajudar a pessoa com TEA a desenvolver habilidades sociais e de comunicação.
O envolvimento da família pode ser determinante no sucesso do tratamento e na qualidade de vida da pessoa com TEA
Estabelecer regras e limites na infância é essencial para o desenvolvimento saudável das crianças. Por isso, é importante considerar alguns pontos:
Construção de Limites:
Estabeleça Regras Claras: Defina regras claras e consistentes que seus filhos possam entender. Explique o porquê dessas regras para que eles saibam a importância de segui-las.
Seja Consistente: A consistência é fundamental. As consequências para o comportamento inadequado devem ser aplicadas de maneira consistente. Isso ajuda a criança a entender que há consequências previsíveis para suas ações.
Comunique-se com Empatia: Ouça seus filhos e mostre que você entende seus sentimentos. Isso não significa ceder a todas as demandas, mas reconhecer seus sentimentos pode ajudar a resolver conflitos de forma eficaz.
Estabeleça Consequências Razoáveis: As consequências para comportamentos inadequados devem ser justas e proporcionais. Certifique-se de que as crianças compreendam as consequências de suas ações.
Autoestima: Quando os pais estabelecem regras e limites de forma consistente e amorosa, isso contribui para a autoestima da criança, mostrando que os pais se importam e querem o melhor para elas.
Capacidade de tomar decisões: Regras e limites incentivam a criança a fazer escolhas dentro de um ambiente seguro, promovendo a tomada de decisões.
Respeito ao outro: Limites ensinam a importância de respeitar os direitos e sentimentos dos outros, promovendo habilidades sociais saudáveis.
Função dos Limites e Regras
• Base do Psiquismo: A infância é um período constituinte das bases do psiquismo humano.
• Lidar com a Frustação: Ensinar a criança a lidar com a frustação, para evitar que isso se torne doloroso na adolescência e na vida adulta.
• Independência e Maturidade: Uma criança que sabe que não pode tudo crescerá mais independente e emocionalmente madura.
• Equilíbrio Emocional: Favorecer o equilíbrio emocional, diminuir a ansiedade e aumentar a tolerância.
• Regras de Convivência: Ensinar regras de convivência e desenvolver a ideia de cidadania.
A Falta de Limites na Atualidade
Consequências:
Condutas inadequadas, agressividade, baixa tolerância à frustação.
Consumismo; imediatismo, intolerância, violência, desrespeito, abusos; infrações.
Falta de empatia.
Baixa autoestima, insegurança, dependência.
Na escola, crianças incontroláveis.
Reflexão para os Pais
É fundamental que os pais reflitam sobre como foi a sua infância, a educação que receberam do seus pais e o que desejam ou não transmitir aos seus filhos. Antes de estabelecer limites, os pais devem compreendê-los e entender seu comportamento na relação com os filhos. Quando os pais lidam com o limite com tranquilidade e segurança, constroem para os seus filhos um ambiente funcional e que permite a eles entender que há coisas que não poderão fazer.
Ao implementar regras e limites, é essencial que os pais e cuidadores façam isso com amor, paciência e compreensão, garantindo um ambiente acolhedor e seguro para o desenvolvimento integral da criança.
Desafio da Modernidade
O maior desafio que você pai ou mãe tem na vida é transformar todo o amor que sente por seus filhos numa experiência de crescimento mútuo.” (Shinyashiki)